quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Bullying "evangélico"?



Hoje em dia, a palavra da moda é o 'bullying', e de acordo com a definição dada pelo site 'wikipedia' é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tirano ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Quem de nós já não passou por isso? Lembremo-nos de nossos anos de escola... Ou será que não precisamos ir tão longe assim?

Como a igreja é uma comunidade formada por pessoas, temos visto (e vivido) isto dentro da igreja! Apelidos, fofocas, relações de poder baseadas no autoritarismo... Infelizmente, temos visto e passado por isto no meio onde supostamente não deveríamos ser vítimas ou provocadores de tais situações.


"Não é verdade que Ele não mostra parcialidade a favor dos príncipes, e não favorece o rico em detrimento do pobre, uma vez que todos são obra das suas mãos?" (Jó 34.19 NVI)



Como vimos, a palavra de Deus nos diz qual é a posição de Deus com relação à criação de suas mãos, e entendemos, a partir da atitude de doação da parte de Deus, nos dando Cristo por nossos pecados, e da própria atitude de Cristo, em sofrer por aqueles que nada de bom tinham a oferecer (nós), que Deus não está interessado em rótulos, em esteriótipos, em jogos de poder - e Ele tem TODO o poder!

E qual é mesmo o grande mandamento?


"Ame o SENHOR, seu Deus, de todoo o seu coração, de toda a sua alma, e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a eel: 'Ame ao seu próximo como a si mesmo'. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas". (Mt. 22.37-40 NVI)


Sabemos que é muito mais fácil falar de amor do que exercer amor. é um ato voluntário, e precisamos nos esforçar para faze-lo, é verdade. É muito mais fácil andarmos com o nosso grupo de amigos, nos aproximarmos dos nossos iguais, e deixar que os 'diferentes' se encontrem, e preferencialmente distantes de nós.

A própria Palavra de Deus diz que há diferentes dons e operações. Não seria porque Deus nos criou uma maravilhosa diversidade? Não seria porque na diversidade podemos VERDADEIRAMENTE exercer o amor, obedecendo ao mandamento do SENHOR?

Ouvimos pessoas comentar, ou somos, muitas vezes, as pessoas que comentamos sobre atitudes de lideranças... Em primeiro lugar, cuidado com a língua (embora isto vá se enquadrar em um texto posterior), e por outro lado, observemos as atitudes de Jesus aqui.

Não encontramos Jesus 'resistindo' pessoas, chamando-as de 'encapetadas', cortando-as de atividades ministeriais, dizendo com que grupo dentro daquela comunidade de seguidores elas deveriam ou não andar, mas orientando-as em amor e sabedoria em todo o tempo. Não vemos Cristo separando um time de bonzinhos para caminhar com Ele, deixando os 'berebentos' de fora (consideremos o fato de que a pessoa mais 'ilustre' a caminhar com Cristo, o mais 'imaculado' socialmente, era o traidor). Jesus não fez acepção de pessoas em nenhum momento!

Vemos Cristo advertindo os líderes religiosos (e a palavra correta é essa mesma, religiosos). Vemos Cristo dizendo que Eles não deveriam se colocar na porta dos céus, impedindo aqueles que desejam entrar, chamando-os de hipócritas, por pregar uma coisa e viver outra (todo o capítulo 23 do Evangelho de Mateus é dedicado a este tema), por estabelecer jugos pesados demais para que os outros carreguem (embora eles mesmos não o fizessem), exercendo pressão psicológica, assediando moralmente os mais 'fracos' na relação de poder (líder - liderado).

Não estamos falando apenas de usos e costumes, nem 'criticando' esta ou aquela denominação, estamos falando de pessoas. Pessoas que, 'em nome de Deus', discriminam, 'matam', aleijam o corpo de Cristo. Observemos e sigamos o que diz a Palavra de Deus:


"Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito." (Cl. 3.14 NVI)


Nos versículos anteriores deste mesmo capítulo, está escrito que precisamos ser humildes, bondosos, ter compaixão, mansidão e paciência, perdoando-nos uns aos outros.

Se praticamos ou sofremos qualquer tipo de assédio na igreja, que o Senhor trate conosco, para que sejamos capazes de amar, perdoar (nos perdoar a nós mesmos) e continuar amando a cada dia, seguindo o exemplo de Cristo, para que sejamos restaurados nEle.

E estejamos atentos para um detalhe MUITO importante: bullying na igreja é uma porta aberta, um convite ao nosso adversário. A cada vez que há uma atitude assim, ele gargalha, pois continua a roubar, matar e destruir, DENTRO DO POVO DE DEUS. Estejamos vigilantes, em nome de Jesus, e sigamos a paz com todos e a santificação!

Nenhum comentário:

Postar um comentário